Ministério da Saúde implementou o Centro de Operações de Emergência e um plano de contingência atualizado para reforçar os serviços de saúde e conter a expansão da doença em todo o território nacional.
São Paulo é um dos estados com maior risco de aumento nos casos de dengue em 2025, conforme projeções do sistema InfoDengue. Outros estados, como Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná, também estão sendo monitorados. Todos receberão apoio do Ministério da Saúde para conter o avanço da doença.
Até o momento, São Paulo registrou 7,3 mil casos suspeitos e 14 mortes em investigação. A continuidade do fenômeno El Niño é considerada uma das principais causas que podem agravar as condições climáticas favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Ações emergenciais do Ministério da Saúde
Na última quinta-feira (11), o Ministério da Saúde ativou o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para dengue e outras arboviroses. O COE será responsável por planejar e implementar ações preventivas, reforçar a capacidade de resposta do sistema de saúde e minimizar os impactos da doença. O centro atuará em colaboração com estados, municípios, pesquisadores e outras instituições.
Plano Nacional de Contingência
Um dos principais passos do governo federal é o lançamento do Plano Nacional de Contingência para Dengue, Chikungunya e Zika. O plano oferece diretrizes para a criação de planos regionais e locais, ajustando as estratégias às características epidemiológicas e socioambientais de cada área, além de utilizar experiências bem-sucedidas como base.
Tecnologias de combate ao mosquito
O Ministério da Saúde também está implementando diversas tecnologias para combater o mosquito transmissor. Entre as principais ações, destacam-se:
- Ampliação do método Wolbachia, que passará de 3 para 40 cidades até o final do ano;
- Introdução de insetos estéreis em comunidades indígenas;
- Borrifação residual intradomiciliar em locais de grande circulação, como escolas e creches;
- Instalação de 150 mil Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) na primeira fase do projeto;
- Uso de Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI) para monitoramento e controle do vetor.
No Distrito Federal, cerca de 3 mil EDLs estão sendo instaladas em áreas periféricas, como Sol Nascente, com planos de expansão para outras regiões vulneráveis.
Investimento do governo federal
O governo federal destinou R$ 1,5 bilhão para financiar essas iniciativas e intensificar campanhas de conscientização em todo o país, buscando combater a dengue de forma eficaz e evitar um aumento significativo nos casos.
Situação epidemiológica no Brasil
De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses, em 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6 mil mortes. Em 2025, até o momento, foram notificados 16,3 mil casos prováveis, e 16 óbitos estão sob investigação. A região Sudeste concentra 75,4% das ocorrências.
Com o cenário desafiador, o Ministério da Saúde segue em alerta, buscando conter o avanço da dengue e proteger a população neste ano crítico para a saúde pública.